Enfim, 18!

Eu nunca fui dessas meninas que sonham com os 15, eu sempre sonhei com os 18. 15 não era um número bonito pra mim. Quando temos 15 anos ainda estamos na fase de sonhar com príncipes, castelos, masmorras e finais felizes, eu não queria isso. Queria viver como uma executiva bem sucedida de New York, ter o namorado que eu bem quisesse e quando eu bem quisesse, frequentar as boates mais fodas, ter sempre os pés no chão, viajar o mundo todo e passar férias em Amsterdã ou Veneza, e ir aos shows das minhas bandas favoritas sempre que eu tivesse vontade e tempo. Eu sempre tive como sonho ser independente, segura e uma mulher forte. Isso quando eu tinha 15. Agora eu tenho 18, e eu cresci. Mas não por causa da idade nem nada, cresci porque as circunstâncias me fizeram crescer. Hoje eu sei que eu nunca vou ser a mulher que eu sonhei ser, e não porque eu seja fraca demais ou algo do tipo, é que o que eu sonhava não tem nada a ver comigo. Eu nunca vou ser completamente segura de mim, meu medo de errar, de incomodar, de magoar as pessoas sempre vai andar comigo. Eu nunca vou trocar de namorado toda semana e pisar nos homens porque em primeiro lugar não sou uma vadia, e em segundo... Eu sou romântica, sou boba, eu tenho mania de me apaixonar. E eu nunca vou ter meus pés no chão, sonhar é o que me move. O meu eu de 18 entende isso, e encara como fato. Antes eu achava que eu tinha decepcionado a mim mesma, mas agora eu vejo que não. O que eu queria era irreal, superfulo e egoísta demais. Eu ainda tenho grandes sonhos guardados na mala, sonhos que necessitam de esforços para serem realizados, e eu sei que eu vou conseguir, pode não ser hoje ou amanhã, pode não ser ano que vem, mas eu vou conseguir. Sim, os 18 também me assustam. Pois é, "Já posso ser presa", "Acabou a moleza" e segundo meu pai "Já posso namorar". Os tão desejados 18 anos chegaram! Se isso é bom ou não eu ainda não sei. É que a liberdade dos 18 me assusta. Agora sou responsável por mim, respondo pelos meus atos e com a idade vem chegando também as responsabilidades. Eu nunca fui responsável, eu odeio responsabilidades. Com 15 eu me achava dona da razão, eu achava que um coração partido e um namoradinho idiota eram problemas suficientes para me fazer desistir de tudo, com 15 eu me odiava, detestava todas as entranhas do meu corpo apenas por causa de alguns bom quilos a mais. Aos 15 eu achava que o mundo conspirava contra mim e que eu era a pessoa mais sem sorte de toda a galáxia. Com 18? Bem... Ainda estou trabalhando esses problemas, e talvez eu precise de um analista às vezes, mas hoje eu lido melhor com eles. Hoje eu sei domar as minhas feras. Parte da menina dos 15 ainda continua em mim, mas parte da futura mulher dos 25 grita dentro do meu ser, esperando a sua hora de sair da gaiola, e esse equilíbrio me permite ser melhor. Me permite tomar decisões melhores. Nem sempre eu acerto, mas afinal... Eu só tenho 18! Tenho muito o que viver, tenho muito o que conquistar.

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