Oi moço bonito, como andas? De onde vens? Pra onde
vais? Poderia me levar com você moço bonito? Me leve junto, me coloque
na sua mala, me faça sua casa, sua morada. Você tem o dom das palavras
moço bonito, você manuseia bem todas elas e me enrosca na tua rede de um
jeito que fica meio impossível sair. Você diz coisas doces, coisas
carregadas de magia, você torna tudo belo. E sim, eu tenho medo do risco
que eu corro quando estou perto de você, a corrente de eletricidade que
toma os nossos corpos pode não ser tão segura, o fogo que queima
minh’alma pode ser mais inflamável do que pensamos, mas eu adoro riscos,
adoro romper regras e tenho um encantamento pelo perigo. Sabe moço
bonito, as tuas mãos também tem magia, elas tocam notas suaves que me
fazem querer flutuar, você dedilha esse teu violão velho como se
estivesse acariciando cabelos de anjos e isso dá forma a mais bela
melodia que meus ouvidos já puderam escutar. Vem cá moço bonito, se
aconchega em meus braços, se afunda em meu seio e me transforma em
canção, eu prometo que eu canto pra te ninar, prometo que te cubro
quando sentires frio, prometo que faço das tuas lágrimas sorrisos e
prometo que não prometo em vão e que sou cumpridora leal de minhas
promessas. Então vem, ou me leva. Só não me deixa sozinha, só não me
abandona nesse ninho, porque não tem sentido voar se não for com você.
Então moço bonito, que tal fazer desse amor algo etéreo, algo eterno?
Que tal nos embriagarmos de alegria, e nos afogarmos em paz? Vem moço
bonito, vem e me cobre com tuas notas e eu juro que te acalmo com a
minha voz.
Gabriele Manfredini
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